Dentre as várias modalidades
de relacionamento não-monogâmico que operam, hoje, em nossa sociedade, algumas
se destacam por seu grande número de adeptos, muitas vezes, de forma
organizada.
Grupos e comunidades nas redes sociais trocam informações,
experiências e se organizam para encontros de convivência, e estudos sobre seus
estilos de vida.
Compartilham suas ideias, seus anseios e temores, experiências
boas e desagradáveis, e não raro, focalizam a conscientização feminista, num
trabalho ativamente político.
Ora, se o que se busca é o
máximo respeito, e assim é dito, como poderia ser aceito que a liberdade de se
amar fosse restringida a amar uma única pessoa?
Ainda sendo o poliamor uma forma
alternativa bastante em voga, há sobre ele uma crítica severa quanto ao seu
modus operandi, pois supõe-se aqui um casal principal, que aceita que outras
pessoas participem de sua relação.
Parece bastante comum que um casal formado
por um homem e uma mulher aceitem uma terceira pessoa. A crítica acontece na
medida em que há maior incidência de que a terceira pessoa seja outra mulher, e
dessa forma, supõe-se que haveria uma reprodução da cultura machista, onde a um
homem se confere o direito de ter mais de uma mulher, e escamoteando seu
privilégio, ele estaria desfrutando de uma prerrogativa do modelo alternativo,
apenas para reafirmar padrões subliminares de superioridade.
Não é sempre
assim, no poliamor, há toda a diversidade de trios, mas algo não muda: há um
casal principal e os parceiros devem ser fiéis entre si, de modo que qualquer
terceira pessoa precisa da aprovação dos dois.
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