Já tendo iniciado meus estudos mais focados nesse tema há mais de um ano, decido começar a compilação de uma coletânea de impressões, enquanto, paralelamente, evoluo um trabalho acadêmico, que intento oferecer à comunidade científica, visando agregar conhecimento válido, benéfico e relevante à sociedade.
Minha intenção é demostrar a possibilidade de legitimação do Amor- Não- Monogâmigo como uma prática de saúde emocional pessoal e senso crítico
refinado.
O monogamismo compulsório encontra-se em obsolescência, ainda que
extremamente consolidado na
subjetividade da sociedade atual.
A união monogâmica vem apresentando , na
prática, rupturas lícitas e ilícitas. As práticas de sua preservação percorrem
vieses religiosos e sociais, entretanto
há um movimento na contra-corrente dessa preservação, tornando aceitáveis novas
modalidades de relacionamento em que a rigidez se afrouxa, com a permissão e
acolhimentos sociais.
A dinâmica do padrão capitalista que dita
o amor romântico propõe que a fidelidade seja fruto da conciliação entre casamento, sexo, reciprocidade
e indissolubilidade. Tal modelo supõe que conflitos devam ser evitados ou suprimidos
mediante força de ações modificadoras, onde um parceiro, inevitavelmente,
cederá perante a diferença advinda do outro.
Ao final, a segurança deve ser
restituída e para que isso aconteça, a sujeição de uma ou ambas as partes será
inevitável.
Parceiros envolvidos em relações monogâmicas vivenciam
processos protetivos, muitas vezes opressores, sem que se pareçam errados, já
que objetivam a manutenção da relação.
A
naturalização dessa prática produz sujeitos indisponíveis para a aprendizagem e
usufruto da sua liberdade constitucional, já que estas experiências contam com
a atitude de não estar fechado, duro e defensivo, e a decorrente
vulnerabilidade põe em risco a solidez almejada pelo amor romântico.
Trabalhos iniciados!
Nenhum comentário:
Postar um comentário